Características da Fé Reformada
Reformar ou renovar equivale a dar a forma que se tinha quando novo. Originalmente o terno Reformada caracterizava aquelas igrejas do século XVI que se levantaram para dar à Igreja da Idade Média a forma da Igreja primitiva, a forma original da Igreja.
Origem da Reforma
Quando Lutero afixou na porta do Castelo de Wittenberg as famosas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, véspera do Dia de Todos os Santos, um movimento se iniciou. Os dogmas e sacramentos da Igreja Católica passaram a ser questionados, principalmente a venda de indulgências (perdão de pecados pela contribuição à Igreja Romana).
Sempre Reformando
“A igreja reformada necessita sempre se reformar”. Quem discordaria desse sentimento? Aparentemente, essa frase parece capturar algo da seriedade bíblica da Reforma.
Teologia Reformada
A teologia reformada, em sentido amplo, abrange qualquer sistema de crenças cujas raízes remontam à Reforma Protestante do século XVI. Os Reformadores, firmemente ancorados nas Escrituras, estabeleceram a doutrina com base no princípio do Sola Scriptura.
Dessa forma, a teologia reformada não representa uma “nova” doutrina, mas sim uma fiel continuidade da doutrina apostólica, resgatando a essência bíblica e buscando preservar os ensinamentos originais das Escrituras.
Os Cânones de Dort
Os Cânones de Dort são exposições doutrinárias formuladas e adotadas pelo Grande Sínodo Reformado de Dort, realizado entre 1618 e 1619. Neste importante documento, encontramos os Cinco Artigos de Fé, nos quais a fé reformada é afirmada em oposição às doutrinas arminianas, sendo cada ponto respaldado e fundamentado nas Escrituras.
Confissões de Fé
As Confissões de Fé Reformadas são documentos e credos que articulam o consenso doutrinário das Igrejas Reformadas, refletindo sua rica herança teológica. Esses textos servem como guias de fé, estabelecendo as verdades centrais da Escritura e promovendo a unidade entre os crentes na busca por uma compreensão mais profunda da vontade de Deus.
Catecismos
Os catecismos são instrumentos fundamentais na instrução da fé, direcionados especialmente aos fiéis, incluindo crianças e jovens. Estruturados na forma de perguntas e respostas, esses recursos pedagógicos visam aprofundar o entendimento das Escrituras e fortalecer a formação doutrinária, permitindo que os membros da igreja compreendam melhor as verdades centrais da fé cristã reformada.
ARTIGOS
”A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço.” Martinho Lutero
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Apologética Reformada
Na teologia reformada, a apologética é o campo que defende a fé cristã, respondendo a críticas e apresentando fundamentos sólidos para o evangelho. Fundamentada nas Escrituras como autoridade final, ela comprova a veracidade da fé e sua coerência com a realidade.
A apologética reformada destaca a soberania de Deus e a suficiência da Bíblia, mostrando que o verdadeiro entendimento da verdade depende da revelação divina. Ela confronta visões seculares e coloca a glória de Deus no centro da razão e da criação.
Além de fortalecer a fé dos crentes, a apologética tem uma função evangelística, revelando a relevância da mensagem cristã aos incrédulos, e é um meio pelo qual Deus conduz ao conhecimento e à adoração do único Deus verdadeiro.
Evidencial
Focada em evidências, essa abordagem visa demonstrar a verdade do cristianismo por meio de fatos verificáveis, como a ressurreição de Cristo, os milagres e a confiabilidade histórica das Escrituras. Ao enfatizar provas racionais e empíricas, os evidencialistas acreditam que esses dados podem convencer os céticos, complementando a revelação bíblica com suporte objetivo e apelando à razão humana.
Presuposicional
Esse método parte do pressuposto de que a Bíblia é a Palavra de Deus e que somente a cosmovisão cristã pode fornecer uma base lógica e moral para entender o mundo. Reformadores, como Cornelius Van Til, defendem que todos têm pressupostos e que, sem Deus, é impossível justificar o raciocínio e a moralidade. A apologética reformada presuposicional desafia o incrédulo a ver que suas crenças são inconsistentes sem Deus como fundamento último.
Clássica
Esse método emprega uma abordagem racional em duas etapas: primeiro, busca-se provar a existência de um Criador através de argumentos filosóficos, como os cosmológicos e morais; em seguida, apresenta-se a Bíblia e Jesus Cristo como revelação final desse Deus. Defensores como R.C. Sproul argumentam que é possível e útil construir uma base racional antes de apresentar o evangelho, conciliando a revelação geral e a especial de Deus para persuadir os não-cristãos.
SOLA SCRIPTURA
O termo Sola Scriptura é o princípio segundo o qual a Bíblia tem absoluta primazia, sendo ela a única regra de Fé e Prática que todo ser humano deve seguir.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3:16,17)